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Sanches da Federal: “O prefeito tem pressa, mas Goiânia esteve abandonada por 4 anos; não há soluções simples para problemas complexos”



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Luiz Fernando Naves Sanches de Siqueira, eleito vereador de Goiânia pelo nome de urna Sanches da Federal (PP), assumiu recentemente seu primeiro mandato e, embora admita ainda estar se habituando à Câmara Municipal, já tem clareza sobre o foco de seu mandato. Ele foi superintendente regional da Polícia Rodoviária Federal em Goiás (PRF), agente municipal de trânsito, campeão brasileiro de judô e jogador profissional de futebol (começou no Atlético Goianiense, seu time de coração). Assim, mobilidade, segurança pública, esporte e lazer são algumas áreas para as quais o parlamentar possui propostas. 

Além de suas áreas de interesse, Sanches da Federal já mostra disposição para fiscalizar o Executivo municipal: é autor do requerimento de informações sobre o repasse de R$ 190 milhões à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e tem acompanhado de perto os decretos do prefeito Sandro Mabel (UB) sobre mobilidade urbana. 

Nesta entrevista ao Jornal Opção, Sanches da Federal revela o orgulho que sente de pertencer à PRF, e mostra preocupação com a perda de prestígio da corporação nos últimos anos. A decisão de entrar para a política se deu, diz ele, foi motivada pela perseguição sofrida nos anos seguintes à sua superintendência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Por fim, o policial rodoviário federal prescreve medidas para aperfeiçoar a segurança pública: investimento em inteligência e na integração das forças — medidas contrárias às que o governo federal toma atualmente, diz ele. 

Ton Paulo — O senhor participou da reunião geral com os líderes da base na última terça-feira, onde esteve com o prefeito. Como foi esse encontro? O senhor também conversou sobre os requerimentos relacionados à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg); pretende apresentar novos requerimentos cobrando medidas do Executivo? Como foi recebida sua solicitação?

Um princípio que sigo é ser verdadeiro e leal ao que acredito e às pessoas que confiaram em mim. Sempre exercerei meu papel de fiscalização com qualidade, respeito, ética e eficiência, sem fazer críticas infundadas ou buscar visibilidade desnecessária. Os holofotes já estavam voltados para a Comurg — jamais faria críticas ou fiscalização infundadas para “ganhar likes”, mas o aporte de R$ 190 milhões em um momento de calamidade financeira gera preocupação.

A questão da COMURG é sensível. Trata-se de uma companhia de grande porte, envolvida em suspeitas de contratos superfaturados e salários elevados. O recente aporte levanta questionamentos. Tentei um contato prévio com o prefeito, mas não obtive retorno. Por isso, apresentei um requerimento formal para esclarecer como esse recurso será utilizado.

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) sugeriu que a transferência ocorresse diretamente pelo Executivo, sem passar pela Câmara. Isso, no entanto, poderia tornar a Comurg dependente do município, o que implica consequências na fiscalização. Precisamos entender o destino desses recursos, se haverá economia e se essa alocação é, de fato, uma prioridade.

O requerimento foi apresentado por mim, mas aprovado por toda a Câmara. Nosso objetivo é garantir a correta gestão do dinheiro público e prestar contas à sociedade. Durante a reunião, também tratamos de outros temas, como saúde e educação. Esse diálogo será constante. Sempre que houver necessidade de esclarecimentos, buscarei respostas, seja por contato direto ou por requerimentos formais. Nosso papel é proteger o interesse público e honrar a confiança que recebemos

 
 
 

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