CEI do Limpa Gyn ouve representantes de cooperativas de reciclagem em Goiânia.
- sanchesdafederal
- 28 de nov.
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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn, da Câmara Municipal de Goiânia, realizou na tarde desta terça-feira (7) mais uma reunião para ouvir depoimentos de testemunhas. Nesta etapa, foram convocados dois representantes de cooperativas de reciclagem.
Segundo a solicitação dos membros da comissão, o objetivo da oitiva foi aprofundar as investigações sobre o impacto do contrato do Consórcio Limpa Gyn na coleta seletiva da capital, especialmente em relação às queixas apresentadas por catadores e cooperativas de reciclagem.
Durante o depoimento desta terça, a presidente da Cooper-Rama, Dulce Helena do Vale, relatou que a terceirização da coleta seletiva ocorreu sem planejamento de transição, deixando as cooperativas sem material para trabalhar por até 20 dias. Segundo ela, o volume e a qualidade dos resíduos recebidos diminuíram significativamente desde a mudança no sistema.
Dulce Helena afirmou ainda que, antes da nova gestão da coleta, as cooperativas estavam integradas a um programa que funcionava de forma estável e contava com apoio da população. Agora, segundo ela, o material chega sujo, molhado e misturado com resíduos orgânicos, o que reduz o aproveitamento e afeta diretamente a renda dos trabalhadores. A CBN solicitou uma nota à Limpa Gyn sobre as declarações e aguarda retorno.
O vereador Sanches da Federal, suplente da comissão, presente à reunião de hoje, chamou a atenção para problemas na forma como é medido o material reciclável recebido pelas cooperativas de Goiânia no contrato da Limpa Gyn. Ele destacou que, enquanto o contrato prevê pagamento por peso, a medição na prática é feita de forma subjetiva, por observação visual, sem balanças na maioria das cooperativas. Apenas uma cooperativa possui balança.
Segundo o vereador, é necessário implementar critérios objetivos de pagamento, com fiscalização rigorosa, para garantir que os valores pagos correspondam ao material realmente coletado, evitando prejuízos e permitindo responsabilização por eventuais distorções do passado.
Além das representantes ouvidas hoje, a CEI ainda deve receber depoimentos de funcionários ligados à pasta de Infraestrutura da Prefeitura, fiscais do contrato e de outros representantes de cooperativas que atuam em Goiânia.

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